10 de dezembro de 2017

Tempestade Ana provoca precipitação, neve, vento e agitação marítima na próxima madrugada

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a previsão meteorológica para as próximas horas aponta para o agravamento do estado do tempo devido à passagem de uma tempestade forte sobre o território de Portugal continental, sendo expetável que o período mais crítico dos seus efeitos se verifique entre as 18 horas de hoje (10 de Dezembro) e as 6 horas de amanhã (11 de Dezembro), dando origem a vento forte, com rajadas muito fortes, com especial incidência nas terras altas dos distritos do Norte e Centro.
Neve acima dos 800 metros
Em paralelo com forte agitação marítima, registar-se-ão fenómenos extremos de vento a nível local e precipitação forte e persistente, com episódios de aguaceiros pontualmente fortes e queda de granizo durante a noite e madrugada.
Esta situação pode gradualmente estender-se às restantes regiões do país, com possibilidade de queda de neve acima dos 800-1000m, com maior incidência nos distritos de Braga, Vila Real e Guarda.
O que pode acontecer
Face à situação descrita, podem ocorrer os seguintes efeitos:
· Danos em estruturas montadas ou suspensas;
· Queda de ramos ou árvores em virtude de vento forte;
· Cheias rápidas em meio urbano devido à acumulação de águas pluviais ou insuficiência dos sistemas de drenagem;
· Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente em períodos de preia-mar, podendo causar inundações em locais mais vulneráveis;
· Inundações de estruturas urbanas subterrâneas devido a deficiências de drenagem;
· Inundação por transbordo de linhas de água nas zonas mais vulneráveis;
· Fenómenos geomorfológicos causados por instabilidade de vertentes associados à perda da sua consistência por saturação dos solos;
· Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e/ou gelo;
· Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;
· Acidentes na orla costeira.
Conselhos úteis
A ANPC recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado com a adoção de comportamentos adequados, pelo que divulga as medidas de autoproteção a adotar:
· Fixar as estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
· Observar especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte;
· Evitar a circulação e permanência nas terras altas, onde as rajadas de vento esperadas são fortes ou muito fortes;
· Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
· Abster-se de atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas e/ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
· Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
· Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
· Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando-se circular e permanecer nesses locais;
· Abster-se de praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando-se ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
· Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das Forças de Segurança. © ANPC/NCV
Ver AQUI os detalhes das previsões meteorológicas locais.


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